O mercado de juros começa o dia com duas boas notícias: primeira o clima no exterior está melhor, com os balanços positivos de Amazon.com e Boeing dando suporte à alta dos índices futuros de Nova York; segunda, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho desacelerou para 0,24%, ante 0,29% em junho. O resultado ficou dentro das previsões.
Esses bons ventos levaram o juro do depósito interfinanceiro (DI) na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) com vencimento em janeiro de 2010 a recuar para 10,82% ao ano, ante fechamento ontem a 10,88%. Antes das 9h30, essa taxa rondava o mesmo nível do encerramento na véspera. A taxa do janeiro de 2009 cedeu para 10,76% ao ano. No encerramento ontem, este DI terminou a 10,80% ao ano.
Assim, com um clima melhor favorecendo o recuo das taxas, depois da disparada de ontem, o mercado de juros aguarda os principais eventos de agenda dos Estados Unidos – divulgação das vendas de imóveis usados, em junho (às 11 horas, de Brasília) e do Livro Bege, às 15 horas, além dos novos anúncios de balanços.
Copom
Mas o foco do mercado de juros nesta semana está mesmo na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve ser divulgada amanhã, a partir das 8h30. As instituições financeiras devem procurar indícios, no documento, de que o Copom pode ser mais conservador nos cortes do juro básico a partir de setembro, passando a reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual, confirmando a sinalização percebida pelo mercado no placar mais apertado de 4 a 3 na última votação. Tentarão ainda perceber algum sinal sobre quando o processo de flexibilização da política monetária pode ser encerrado.
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