Juro futuro perde força de alta, com dúvidas sobre Copom

Os juros futuros dos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) de prazos mais longos abriram o dia em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), mas com pouca força, passando a desacelerar rumo à estabilidade. Desde ontem, no pós-Copom, as taxas rumaram para cima, tanto em correção a exageros de quedas anteriores, quanto com a preocupação sobre o momento em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá interromper o processo de flexibilização da política monetária, que parece se aproximar no calendário.

O placar mais apertado da votação que decidiu o corte da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual (4 a 3) sugeriu que, a partir de setembro, a autoridade monetária poderá desacelerar o ritmo de cortes, promovendo reduções de 0,25 ponto. Faltam três reuniões até o final do ano – setembro, outubro e dezembro – e cada uma poderia trazer um corte deste tamanho. Ocorre que, até bem pouco tempo, a maioria do mercado imaginava que os cortes pudessem avançar pelo começo de 2008. Agora, com a atividade se acelerando e algumas pressões inflacionárias provocando correções nas expectativas, já não se tem tanta certeza.

Este foi um dos motivos pelo quais as taxas longas subiram ontem em vez de recuarem, como teoricamente seria previsível a partir da sinalização percebida no placar no Copom de que os cortes seriam menores de setembro em diante. Cortes menores pressupõem um tempo mais longo de reduções, tese que deveria se refletir na redução das taxas longas; cortes mais fortes, ao contrário, sinalizam que a interrupção do processo pode acontecer mais cedo. Assim, haveria tendência de inclinação, para cima, nas taxas longas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo