O mercado futuro de juros opera descolado dos demais segmentos de negócios e com taxas em alta. Na abertura do dia, as taxas dos contratos de depósito interfinanceiro (DI) na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) projetavam quedas relevantes. Mas, ao longo da manhã, surgiu um novo fluxo comprador, principalmente por parte de clientes institucionais, locais e estrangeiros. Operadores acreditam que, como as taxas haviam caído na sexta-feira e no início do dia de hoje, esses investidores viram oportunidade para realizar lucros. "O mercado de juros continua muito alavancado e suscetível a ajustes por causa das incertezas que continuam pressionando os investidores" define um operador.

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Esse movimento de zeragem acontece, segundo profissionais, porque a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de cortar a taxa do desconto em 0,5 ponto porcentual na sexta-feira passada não representa o fim da crise que tem alimentado a volatilidade. "A melhora que se vê em Nova York é modesta e pontual", define um operador. Além disso, tem crescido a discussão sobre a possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) interromper o ciclo de alívio monetário, em função da piora do humor internacional – que tem conseqüências sobre algumas variáveis importantes, como o câmbio. "Acho que tem muita gente em uma postura defensiva na curva curta, por causa dessa possibilidade", diz um operador.

Às 11h45, o contado de DI com vencimento em janeiro de 2010 tinha taxa de 12,16% ao ano (ante 12,01% na sexta-feira) e o DI para janeiro de 2012 projetava 12,28% ao ano, de 12,13%.

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