As principais taxas de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam nesta quarta-feira (11) em queda. O contrato de depósito interfinanceiro (DI) mais negociado – com vencimento em janeiro de 2010 – encerrou projetando taxa a 10,7% ao ano, ante 10,73% do dia anterior. Em seguida, aparece o DI para janeiro de 2009 que terminou a 10,67% ao ano (10,69% ontem).
Apesar de as taxas terem fechado em baixa, ainda acumulam alta em julho e nos últimos 30 dias, quando são negociadas para prazos longos. Segundo analistas, o aumento da aversão ao risco no mercado internacional explica a elevação acumulada dos juros na BM&F.
O alívio no exterior levou hoje o mercado de juros a devolver o prêmio embutido nos contratos ontem, quando as incertezas geradas pelo segmento hipotecário de alto risco, conhecido por subprime, nos Estados Unidos provocaram apreensão nos negócios. As taxas se aproximaram do nível de sexta-feira. O volume de negócios não foi exuberando, mas foi respeitável.
No exterior, as bolsas norte-americanas voltaram à trajetória de alta. Já os juros dos títulos do Tesouro dos EUA voltaram a subir, refletindo o ajuste à queda de ontem, provocada por uma fuga para a qualidade por conta dos problemas no subprime.
Internamente, sem a pressão do mercado internacional, surgiram novas ordens de venda, especialmente nos contratos de curto prazo – com vencimentos até janeiro de 2010. A avaliação é que ainda há prêmio nesses contratos. Mas o mercado mostra-se reticente em fazer grandes aplicações nesses DIs, justamente porque ainda carrega um volume elevado de posições vendidas. A melhora de hoje, portanto, não significa uma tendência de queda firme para os próximos dias.