A tranqüilidade no mercado externo abriu espaço para que as taxas de juros reagissem positivamente ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, divulgado nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As taxas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em queda, em um pregão com um pouco mais de negócios verificado no início desta semana.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) mais negociado nesta quarta-feira foi o de vencimento em janeiro de 2009, que encerrou projetando taxa de 11,49%, ante 11,59% da véspera. O DI para janeiro de 2010, o segundo mais líquido, terminou a 11,78%, de 11,89% no dia anterior.
O IBGE divulgou taxas de crescimento abaixo das expectativas e, com isso, o mercado devolveu parte dos prêmios dos contratos. A evolução do PIB, evidentemente, não significa o fim das dúvidas sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) mas ao menos não acrescentou motivos para mais apreensão. O PIB cresceu, no segundo trimestre de 2007, 0,8%, ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2006, a alta foi de 5,4%. Como o dado ficou aquém de boa parte das estimativas, analistas começaram revisar as previsões para o desempenho da economia ao final do ano.
Uma boa notícia entre os dados apresentados nesta quarta-feira foi a taxa de investimento (FBCF/PIB) de 17,7% apurada no segundo trimestre de 2007, a maior para um segundo trimestre desde 2000, que reflete o forte avanço da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).
