Após dois dias em alta, as taxas de juros brasileiras no mercado futuro recuaram nesta quinta-feira (2), beneficiadas pela leve trégua vivida pelo mercado financeiro externo, apesar de a incerteza e a volatilidade não terem se afastado. O clima mais ameno permitiu inclusive que o Tesouro Nacional voltasse a realizar seu leilão de títulos. Na semana passada, o Tesouro não conseguiu cumprir com o cronograma e cancelou um leilão, em vista das condições vigentes no mercado financeiro na ocasião.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, um dos mais líquidos, terminou o dia com taxa de 11,13% ao ano, ante taxa de 11,17% ao ano projetada no encerramento dos negócios ontem.
O sinal positivo vindo dos mercados acionários norte-americanos e das bolsas européias permitiu essa queda na taxa, mas não houve motivos que justificassem uma baixa ainda mais intensa.
No exterior, a volatilidade seguiu comandando os negócios, mas sem piora do cenário. Resultados acima das expectativas da finlandesa Nokia, da Unilever e do Société Generale, além da rede norte-americana de cafés Starbucks tentaram redirecionar o foco para os fundamentos econômicos, que continuam relativamente firmes, a despeito dos temores com um contágio vindo da qualidade do crédito. Por volta das 16 horas (de Brasília), a Bolsa de Valores de São Paulo registrava ganho de 0,12% e o índice Dow Jones, de Nova York, subia 0,10%.