O comportamento do mercado externo – mais precisamente do segmento imobiliário – deve determinar o rumo dos juros hoje na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Ontem, as taxas mostraram alta expressiva, diante do forte ajuste nas bolsas e nos Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos), provocado pela ampliação de problemas no mercado de hipotecas de alto risco (subprime). Hoje, o rumo dos negócios no exterior continua dando as cartas. Mas, como os índices futuros das bolsas norte-americanas operam perto da estabilidade, os contratos de depósito interfinanceiro (DI) projetam altas modestas.
Internamente, o mercado deve começar a ajustar suas apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne na próxima semana. Ainda impera a aposta de que o juro sofrerá mais uma redução de 0,5 ponto porcentual – embora já haja profissionais observando que um corte de 0,25 ponto porcentual não está totalmente descartado.
Mas é significativa a parcela de profissionais que considera que a recente elevação da inflação e, especialmente, as incertezas geradas pela definição da meta de inflação de 2009 podem levar o Copom a dar alguma sinalização de cautela no comunicado ou na ata da próxima reunião.
Às 10h11, o DI mais negociado hoje – com vencimento em janeiro de 2010 – tinha taxa de 10,74% ao ano, ante 10,73% ao ano. O DI para janeiro de 2009 projetava taxa de 10,71% ao ano, de 10,69% ao ano.