O mercado de juros no Brasil acompanha o clima cauteloso verificado nos Estados Unidos e opera com taxas em alta na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Os índices futuros das bolsas em Wall Street recuam, refletindo, principalmente, a preocupação com o preço do petróleo – que, embora esteja em ligeira queda, segue perto do nível de US$ 69,00 em Nova Iorque
Sem o estímulo dos investidores estrangeiros, o mercado local fraqueja. E, segundo operadores, as boas notícias locais não têm força para entusiasmar. O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, o mais negociado, tinha taxa de 10,33% ao ano (10,30% na segunda) e o DI para janeiro de 2009 estava em 10,49% ao ano (10,48% do dia anterior), às 10h16.
Ontem, os dados modestos de venda no varejo de abril (que cresceram 0,4%, ante projeções de 0,6%), o IGP-10 de junho, que subiu 0,15%, perto do piso das estimativas, e a forte queda do dólar, testando o nível de R$ 1,90 foram considerados pelos profissionais como argumentos a favor da continuidade da baixa das taxas de juro futuras. No entanto, o mercado pouco se moveu. E, hoje, os compradores prevalecem no pregão, pressionando as taxas. Esse movimento, segundo operadores, reflete um ajuste das posições dos investidores locais, que vêm muito vendidos há tempos.
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