Os mercado futuro de juros abriu com projeções em alta nos principais contratos de depósito interfinanceiro (DI), neste dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O DI mais negociado até o momento – com vencimento para janeiro de 2009 projetava taxa de 11,51% ao ano, ante 11,44% no dia anterior, às 10h18. Em seguida, estava o DI para janeiro de 2010 com taxa de 11,77% ao ano (11,68% ontem).

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Segundo operadores, se havia alguma chance de o mercado de juros arriscar uma aposta mais ousada de última hora para a reunião do Copom, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) eliminou. O indicador foi considerado "péssimo" pelos operadores, revelando um cenário de inflação ainda mais deteriorado. Não houve uma mudança na aposta consensual, de que a taxa Selic deve cair 0,25 ponto porcentual hoje. Mas cresceu, segundo profissionais, a possibilidade de a reunião de setembro ser a última do ciclo de alívio monetário. O IGP-DI de agosto subiu 1,39%, ante alta de 0,37% em julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a maior alta desde maio de 2004.

Operadores observam que o Copom vai se reunir hoje com a lista de indicadores mais salgados de inflação em mãos, e, provavelmente, também com os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, que será levado a público apenas amanhã de manhã. Mas, considerando a evolução dos índices mais recentes, é possível prever que haverá mais cautela. Por isso, dizem operadores, o mercado dificilmente arriscará colocar fichas em uma alternativa mais otimista em relação à aposta consensual.

Para agravar o humor, o mercado internacional amanheceu hoje tenso, na expectativa pela divulgação do Livro Bege, marcada para as 15 horas. A pressão externa estimula realização de lucros na BM&F nos contratos de juros mais longos e reduz o apetite do mercado por novas apostas. Dessa forma, profissionais acreditam que o pregão deve ser esvaziado, sem o crescimento de volume de negócios típico de dias de decisão do Copom.

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