O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, afirmou nesta terça-feira que a instituição passará a tolerar que o yield (retorno) do bônus de 10 anos do governo local (JGB, na sigla em inglês) avance até 0,2%. Ele ressaltou, porém, que isso não significa um aperto na política monetária nem uma tentativa de elevar os juros.

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Até então, o BoJ tinha como meta para o juro do JGB de 10 anos “cerca de zero”, permitindo que ele flutuasse em mais ou menos 0,1%. Hoje, essa margem foi dobrada. Segundo Kuroda, isso permitirá uma melhora nas funções do mercado. “Dessa forma, podemos continuar com nosso poderoso relaxamento monetário atual de modo sustentável”, afirmou o dirigente em entrevista coletiva. Além disso, ele disse que serão adotadas “ações rápidas”, caso os retornos dos bônus avancem rapidamente.

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Kuroda ressaltou que as medidas de hoje “reforçam o compromisso” do BoJ com a meta de 2% de inflação. Ele ainda comentou que o BoJ não pretende alargar em demasia a faixa que é a meta para o juro do JGB de 10 anos.

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Mais cedo, o BoJ manteve as taxas de juros, fazendo ajustes em seu método de compra de ativos. No comunicado da decisão, o BoJ não tinha citado uma faixa específica de flutuação para o juro do JGB de 10 anos, o que Kuroda fez na coletiva.

A menção do presidente do BoJ a uma meta específica para o yield do bônus de 10 anos pode gerar certa volatilidade no mercado do JGB. Essa volatilidade vinha diminuindo desde que o banco central introduziu a atual política de controlar a curva de juros, em setembro de 2016. Fonte: Dow Jones Newswires.