Brasília – As reduções da taxa Selic pelo Copom – Comitê de Política Monetária – do Banco Central, já se refletem no bolso do consumidor. A taxa média de juros cobrada pela utilização do cheque especial caiu 3,1 pontos percentuais em julho, atingindo 173,9% ao ano. Essa é a menor taxa registrada desde fevereiro, quando a taxa estava em 173,1% ao ano.
A queda da taxa de juros básicos de dois pontos percentuais em junho e julho – de 26,5% para 24,5% ao ano – não produziu efeitos apenas sobre o cheque especial. As operações de crédito pessoal, empréstimos para aquisição de bens e para pessoas jurídicas também ficaram mais baratas.
Na média, a taxa de juros cobrada pelos bancos nas operações de crédito caiu para 54,9% em julho, contra os 56,7% no mês anterior.
A maior queda ocorreu mesmo nas operações com pessoas físicas, que tiveram um recuo da taxa de 81,4% ao ano para 77,9% ao ano. Já as operações com pessoas jurídicas tiveram taxa média de 37,7% ao ano em julho, uma redução de 0,9 ponto percentual em relação aos 38,6% ao ano do mês de junho.
Esse movimento de redução das taxas foi resultado de uma queda da taxa de captação de recursos pelos bancos no mercado, que passou de 23,5% para 22,5% ao ano em julho. Essa queda reflete os cortes na taxa Selic.
No entanto, também houve a redução do spread bancário (que mostra o ganho médio dos bancos com intermediações financeiras). Em julho, o spread médio foi de 32,4% ao ano, contra os 33,2% ao ano de junho.
Da mesma forma que a taxa de juros, a maior queda no spread ocorreu nas operações com pessoas físicas. O spread passou de 58,5% para 56,4% ao ano. Já o spread cobrado nas operações com pessoas jurídicas caiu de 14,7% para 14,6% ao ano.