Pessoas físicas e empresas já pagam mais caro para tomar empréstimos. Pesquisa divulgada ontem pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que todas as taxas de juros de operações de crédito aumentaram em novembro. Na média, as taxas para pessoas físicas aumentaram 1,69%, passando de 7,69% para 7,82% ao mês, o equivalente a 146,83% ao ano. Para as empresas a elevação foi de 1,36% e a taxa subiu de 4,42% para 4,48% ao mês (69,20% ao ano). Há o caso de financeiras que cobram juros de 23,49% ao mês, ou seja, 1.157,71% ao ano.
O juro cobrado pelo comércio passou de 6,03% para 6,06% ao mês (102,59% ao ano). Em doze tipos de lojas pesquisadas, todas tiveram elevação de suas taxas de juros em novembro. No cartão de crédito, o aumento foi de 0,6% em novembro, alcançando 10,10% ao mês e 217,28% ao ano. Para cheque especial, também houve uma alta de 0,6%, elevando os juros para 8,35% no mês e 161,79% no ano.
As taxas de crédito direto ao consumidor, cobradas pelos bancos, tiveram alta de 5,23%, passado de 3,63% ao mês em outubro para 3,82% ao mês em novembro e 56,81% no ano – de acordo com a entidade é a maior taxa desde agosto de 2003. Os empréstimos pessoais, feitos por bancos, subiram 6,55% em novembro, o que representa taxas de 6,34% ao mês e 109,10% ao ano. O empréstimo pessoal financeiro foi elevado em 0,90%, passando para 12,27% ao mês e 301,02% ao ano.
Para as pessoas jurídicas, as taxas para capital de giro subiram 0,74%, passando para 4,11% ao mês e 62,15% ao ano. O desconto de duplicata ficou 3,33% mais caro, chegando a 4,03% ao mês e 60,66% ao ano. O desconto de cheque aumentou 2,26%, passando a 4,07% ao mês e 61,40% ao ano. A conta garantida teve elevação de 0,35%, alcançando 5,72% ao mês e 94,93% ao ano.
As maiores taxas registradas pela Anefac são de empréstimo pessoal feito em financeiras, que chegou a 23,49% ao mês e 1.157,71% ao ano. Os juros do comércio ficaram em 23,33% ao mês e 1.138,30% ao ano. As taxas de desconto de duplicatas alcançaram 18,06% ao mês e 633,22% ao ano e as de empréstimo pessoal em bancos ficaram em 16,70% ao mês e 538,04% ao ano.