A juíza Barbara S. Jones ganhou notoriedade como procuradora e, como juíza, presidiu o caso da fraude criminal que condenou a WorldCom Corp. Agora, Jones está incumbida de deliberar sobre um dos casos com maior destaque envolvendo Wall Street.

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Jones, que construiu sua reputação durante uma carreira de 15 anos no cargo pelo seu temperamento calmo e bem-humorado, foi designada para avaliar as acusações de fraude do governo contra o banco de investimentos Goldman Sachs. O caso promete ser uma das maiores batalhas envolvendo a crise financeira e pode abrir caminho para processos similares contra a indústria financeira devido a seu papel na crise.

Jones foi enaltecida por sua habilidade em manter o julgamento da WorldCom nos trilhos em meio a uma montanha de evidências e testemunhos dos dois lados. Ela estabeleceu e cumpriu seu próprio prazo de oito semanas para o julgamento que recentemente mandou para a prisão o ex-chefe executivo da companhia, Bernard J. Ebbers, condenado a 25 anos.

A mesma eficiência é esperada desta vez, quando a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos) tenta provar que o Goldman fraudou investidores ao omitir detalhes sobre obrigações da dívida colateralizadas (CDO, na sigla em inglês) lastreadas em hipotecas, uma alegação contra a qual o banco de investimento promete montar uma grande defesa.

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