Subiu para 158 mil o número de novas empresas comerciais, industriais e de serviços registradas no estado desde janeiro de 2003, segundo dados divulgados ontem pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar). Em relação ao último levantamento, realizado em junho, o estado registrou mais 8 mil empresas. ?Do total geral, mais de 60% são empreendimentos localizados no interior do Paraná?, explica o presidente da Jucepar, Júlio Maito Filho.
O número de novas empresas no interior, na avaliação de Maito Filho, significa que as políticas públicas do Paraná estão descentralizando o desenvolvimento econômico do estado. ?Junto com o surgimento de mais empresas, está ocorrendo também o crescimento no estado do número de empregos formais, que já chega a 341.556 desde 2003, segundo dados do Ministério do Trabalho?, afirma.
A adoção de políticas fiscais pelo governo – como a isenção e redução do ICMS, além do programa Bom Emprego, de atração de investimentos – vem sendo um dos principais fatores para o surgimento de novas empresas e a geração de empregos formais no estado, avalia ainda o presidente da Jucepar.
O presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Paraná, Joaquim Gonçalves, afirma que governo federal deveria seguir o exemplo do Paraná na adoção de uma política fiscal de estímulo ao empreendedor. ?Com a ajuda aos micros e pequenos empresários, o setor gerou mais empregos. Além disso, conseguimos não repassar reajustes no preço do pão graças à redução de impostos para produtos como o trigo, por exemplo?, testemunha.
Segundo o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Jacir Bergmann II, o empresariado encontrou no Paraná uma política pública que troca impostos por empregos. ?Das 217 mil empresas em atividade no estado, segundo a Receita Estadual, mais de 132 mil microempresas foram isentas do pagamento do ICMS e outras 35 mil tiveram redução nas alíquotas?, aponta. ?Isso influenciou diretamente em novas contratações.? (AEN)