O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou na tarde de hoje que defenderá junto ao Planalto a ampliação até 31 de dezembro dos convênios firmados por prefeituras e Estados com o governo federal em 2007, 2008 e 2009. Trata-se de convênios firmados principalmente em relação a obras de infraestrutura. O Planalto quer fixar este prazo em 30 de abril. Jucá quer evitar o cancelamento dos contratos e subsequente suspensão das obras em andamento.

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O assunto está na pauta da reunião do conselho político, formado por líderes e presidentes dos partidos que compõem a base aliada, convocada pela presidente Dilma Rousseff para a próxima quarta-feira no Palácio do Planalto. Os líderes também pressionam contra o cancelamento dos recursos destinados ao pagamento das emendas parlamentares empenhadas, relativas aos anos de 2007, 2008 e 2009. As lideranças estimam esse débito em R$ 60 bilhões.

O pagamento desses restos a pagar ameaça o esforço fiscal do governo Dilma. Hoje, o Ministério do Planejamento anunciou um corte adicional de R$ 577 milhões, elevando o corte global no orçamento de 2011 para R$ 50,664 bilhões.

Jucá relatou que se reuniu com o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, na última sexta-feira, a fim de encaminhar o pleito. O peemedebista quer a definição de um critério que não prejudique Estados e municípios com obras em andamento, autorizadas pelos convênios ameaçados de extinção.

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“É muito importante que as obras que foram iniciadas possam ser preservadas, senão vai haver graves problemas para os prefeitos e governadores que estão tocando essas obras”, defendeu Jucá. Segundo ele, com a extinção do convênio e consequente interrupção da obra, os governadores e prefeitos terão de devolver aos cofres federais o dinheiro aplicado na empreitada. “Se temos que reduzir as obras, vamos reduzi-las. Mas o que está em andamento, o que está firmado, pactuado, o que está em obra precisa ser contratado, respeitado e concluído”, apelou Jucá.