O presidente do JP Morgan Chase International, Jacob A.Frenkel, disse nesta sexta-feira que a criação do euro ajudou a eliminar os riscos cambiais, mas não os riscos de crédito, o que explica o fato de haver tanta cautela impedindo que os bancos emprestem com a mesma facilidade que faziam antes da crise de 2008. “Esses riscos de crédito existem. Se os bancos não estão emprestando, não é porque sejam ruins, mas porque temem não recuperar o capital”, explicou.
“Precisamos de políticas estruturais, porque os países (avançados) já não têm munição no lado fiscal e monetário. Acabou o jogo de relaxamento quantitativo e alívio fiscal”, disse Frenkel, em meio a dezenas de banqueiros reunidos no seminário promovido pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), na cidade do México, onde será realizado o encontro de ministros das finanças e presidentes de bancos centrais das 20 principais economias do mundo, o G-20. O IIF é uma organização que reúne cerca de 430 instituições financeiras do mundo todo.
O banqueiro disse que os países da zona do euro devem seguir comprometidos com seus planos de austeridade fiscal. “Mas no lugar de chamar de austeridade, que parece mais uma punição, vamos chamar isso de responsabilidade”, disse. )
