A grande procura de jovens por oportunidades de estudar e trabalhar no exterior vem crescendo a cada ano. Fato que pôde ser constatado durante a 6.ª edição do Salão de Estudante Mini-Fairs feira de intercâmbio -, que aconteceu na última quinta-feira, em Curitiba.
De acordo com a diretora da agência Experimento, Cirena Valiati, a procura por vistos de entrada em países de língua estrangeira tem aumentado de 25% a 30% em todo o País.
“Depois dos atentados do famoso 11 de setembro, quando a procura pelos vistos diminuiu, também em virtude de os próprios países aumentarem o rigor nos critérios de liberação, o volume de procura só tem aumentado”, diz.
Segundo Cirena, não existem mais vagas para intercâmbio via aérea até janeiro de 2009. “Até lá, quem quiser viajar por intercâmbio, através da nossa agência, só de navio”, conta. Cirena afirma que os destinos mais procurados atualmente são, pela ordem, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Os Estados Unidos aparecem na seqüência.
Entre os fatores que motivam as pessoas a procurar um programa de intercâmbio, adquirir fluência em uma língua estrangeira ainda é a maior justificativa. Cirena nota que as pessoas estão cada vez mais preocupadas em dominar um segundo idioma.
“Quando chegam ao país de destino, muitos percebem que não aprenderam o suficientes nos cursos realizados no Brasil por estarem longe do contato diário com o idioma”. Segundo Cirena, as aulas com nativos preenchem o espaço que separa os indivíduos da plena fluência.
Para quem tem esse objetivo, as modalidades de intercâmbio mais procuradas são o high school (destinado a adolescentes que cursam o ensino médio) e os cursos de idiomas. As meninas têm a possibilidade de optar pelo Au Pair (onde o estudante mora com outra família, podendo estudar e trabalhar).
A bacharel em turismo Juliana Bley, de 26 anos, passou pelo Au Pair. Ela conta que morou com uma família norte-americana em Sacramento, na Califórnia, e trabalhou como baby sister (babá).
Juliana, que não tinha fluência em inglês quando saiu do Páis, diz que voltou não apenas com o domínio da língua, mas com uma bagagem cultural que ela considera importante para a vida pessoal e profissional. “Você ganha experiência de vida. Lá aprende-se muita coisa, com a troca de informações culturais”, comenta.
Há também quem procura afiar o inglês ou o espanhol trabalhando fora do País. Hoje existem programas de intercâmbio para quem pretende trabalho por um período mais curto. Trata-se do “work e travel,” ou o “work adventure”. Para alguns, Cirena conta que seis meses é o suficiente para fazer um verdadeiro upgrade no inglês.