Jockey Club poderá ter um shopping center

Depois de mais de sete anos do primeiro anúncio oficial sobre o assunto, o Jockey Club do Paraná voltou, ontem, a ter parte de sua área, em Curitiba, cogitada para a construção de um shopping center.

O anúncio, dessa vez, foi feito após uma assembleia realizada na última segunda-feira (3) entre associados do clube. O empreendimento deve custar R$ 347 milhões, que serão bancados por um grupo de empresas do ramo imobiliário, e a promessa é de que não irá afetar a realização das corridas de cavalo.

Em fase inicial de planejamento, o projeto traz consigo a expectativa de garantir sustentação financeira ao Jockey. Pelo acordo, o clube deve ceder às incorporadoras as principais são as construtoras Casteval e Paysage uma área de cerca de 91 mil metros quadrados, e receber em troca parte da área construída a ser implantada espaço pelo qual o Jockey receberá um aluguel mensal.

Já a partir da assinatura do contrato e durante as obras, previstas para começarem ainda este ano, o valor do aluguel deve ficar entre R$ 150 mil e R$ 180 mil.

Com a entrada em operação do shopping, o valor pode ficar entre R$ 180 mil e R$ 220 mil. Depois do terceiro ano de funcionamento, a previsão é de que o valor possa chegar a até R$ 300 mil.

Com os valores, o Jockey espera conseguir manter a atividade fim da instituição. O terreno a ser cedido faz frente para a Rua Konrad Adenauer e lateral para a Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã.

Hoje, no local, funcionam a sede da Associação de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Paraná (ACPCCP), comércios e 30 grupos de cocheiras. Todos devem ser realocados para outros locais.

A novela da construção de um shopping na área do Jockey Club é antiga. Em 2002, o grupo português Sonae anunciou a construção de um empreendimento do gênero no local chegou, inclusive, a apresentar projeto, afirmar que já negociava lojas e prever um investimento de R$ 140 milhões em sua construção.

Em troca pela cessão do terreno, o clube ficaria como sócio do estabelecimento, com 10% de participação. O negócio, porém, foi suspenso em 2004, sem que se saiba por qual motivo.

Outra área do Jockey Club também foi notícia, nos últimos anos. Em 2007, envolto em dívidas, o clube negociou parte de seu terreno com incorporadoras entre elas a própria Casteval , que pretendiam erguer ali um condomínio fechado de alto padrão.

No entanto, no ano seguinte, uma dívida do Jockey com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ultrapassava R$ 10 milhões, quase emperrou o negócio, que totalizava quase R$ 20 milhões.

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