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Brasília (AE) – O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), reforçou ontem o coro dos integrantes do governo que pedem ajustes na política econômica. Para ele, a política conduzida pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, está correta, mas precisa de "eventuais" ajustes. "Todos os indicadores da economia são positivos e mostram a correção da política econômica. Mas esta correção não significa que não necessita de eventuais ajustes", alertou.

Diplomático, porém, o presidente da Câmara se recusou a citar os ajustes que, na sua opinião, seriam necessários. "O ministro Palocci saberá na hora certa fazer estes ajustes. É preferível, do meu ponto de vista, dar total apoio ao ministro para que ele faça as mudanças que achar necessárias", justificou.

Além do presidente da Câmara, os ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e o líder do governo no Senado Federal, Aloizio Mercadante (PT-SP), também deram ontem declarações públicas pedindo ajustes.

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Furlan e Mercadante têm insistido na necessidade de mudanças na taxa de câmbio e na taxa de juros, mesmos com os indicadores favoráveis de crescimento econômico e retomada dos investimentos divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para eles, há o risco do dólar em queda frente ao real prejudicar o esforço exportador do País, que tem garantido bons resultados para a economia.

João Paulo fez questão de ressaltar ontem que o ministro está muito correto em continuar persistindo com a sua política para que o Brasil possa se beneficiar de todos os indicadores positivos. Ele ressaltou que vê um momento muito rico para o País. "É inegável que o Brasil vai apresentar um balanço muito positivo em 2004, complementando o de 2003, e antecedendo os bons resultados de 2005", disse.

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João Paulo Cunha disse que, muitas vezes, o aumento de impostos é estabelecido para resolver entraves dos órgãos arrecadadores e nem sempre, como conseqüência disso, resolvem os problemas da população. "Muitas vezes aumenta-se os impostos, penaliza-se o contribuinte e a sociedade não resolve os seus problemas", afirmou ele.