A liberação do mercado dos Estados Unidos para a carne in natura do Brasil, que pode ser anunciada nos próximos dias pelo presidente Barack Obama, deve ter impacto “espetacular” e será um “marco histórico” para a pecuária brasileira, afirmou o presidente da JBS, Wesley Batista, neste domingo, 28, logo após participar de reunião com a presidente Dilma Rousseff, que reuniu 25 empresários brasileiros que investem no mercado americano. “Estamos superotimistas com o possível anúncio do presidente Obama. Acho que sai. O impacto é espetacular”, disse Batista a jornalistas. Ele citou em sua fala para Dilma que o anúncio deve ser “um marco histórico para a pecuária brasileira”. Os EUA, destacou o presidente da JBS, são um dos maiores importadores de carne do mundo. A liberação das importações da carne in natura pelos EUA também é vista como um selo de qualidade para a carne brasileira no mundo, o que deve gerar impacto positivo para as vendas do produto para outros países, sobretudo da Ásia.

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Dilma se reuniu neste domingo com 25 empresários brasileiros. Cada empresário falou um pouco de seu setor e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou no final. “Se falou mais das oportunidades entre Brasil e os Estados Unidos, que é o motivo da viagem. Foi pouco citada a questão interna no Brasil; nem era o propósito da reunião. Alguns setores levantaram a questão do impacto do ajuste fiscal, da desoneração”, contou Batista, quando questionado se os problemas políticos e econômicos brasileiros foram mencionados.

Questionado sobre as razões de os índices de confiança dos empresários brasileiros estarem em nível baixo, Batista avalia que a situação “já esteve pior e está melhorando”. “Se a gente olhar para trás teve momento mais pessimista do que hoje. As coisas são um processo; todo ajuste não é fácil”, disse. “O Brasil passa por momento de baixo crescimento, inflação incomodando, o Ministério da Fazenda num trabalhado árduo para rebalancear as contas do governo”, acrescentou o presidente da JBS.

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