O superávit comercial do Japão subiu para seu maior nível dos últimos 18 meses em setembro, com o declínio das exportações se amenizando na medida em que os mercados externos apresentaram leve expansão, informou o Ministério das Finanças. Em setembro, a balança comercial japonesa registrou superávit de 520,64 bilhões de ienes (US$ 5,701 bilhões), de um superávit de 90,97 bilhões de ienes no mesmo mês do ano passado, ajudada em parte pela queda nos preços do petróleo e das commodities. Numa pesquisa da Dow Jones e do jornal The Nikkei, os economistas previam superávit maior, de 647,6 bilhões de ienes.
Segundo os analistas, o superávit deve continuar a crescer nos próximos meses, mas provavelmente num ritmo menor, à medida que se dissipem os efeitos dos pacotes de estímulos dos governos no exterior, complicando a perspectiva para a recuperação da economia do Japão, que é puxada pelas vendas externas.
As exportações diminuíram 30,7% em relação às de setembro do ano passado, no 12º mês consecutivo de queda. Mas o declínio foi menor do que os 36% de agosto, já que as exportações para a Ásia aumentaram de 2,574 trilhões de ienes em agosto para 2,804 trilhões. A queda também foi menos severa, em parte, porque as exportações de automóveis para os EUA aumentaram, possivelmente porque as concessionárias fizeram a recomposição dos estoques dos populares carros japoneses, depois do fim do programa “Dinheiro por Sucata” em agosto, conforme explicou um funcionário do Ministério das Finanças.
As importações caíram pelo 11º mês consecutivo, recuando 36,9% em relação a setembro do ano passado, contra uma queda de 41,3% em agosto. Grande parte da redução foi atribuída à diminuição das importações de petróleo, que encolheram 49,5%. O superávit comercial acumulado no semestre abril-setembro aumentou 155,7%, para 1,95 trilhão de ienes, de um superávit de 762,59 bilhões no mesmo período do ano passado. As informações são da Dow Jones.