O Japão irá ratificar o acordo de livre comércio conhecido como Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) e pedir aos demais 11 países envolvidos que façam o mesmo, apesar de o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ter declarado que pretende retirar seu país do pacto, afirmou o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga.
Em vídeo divulgado ontem, Trump disse que ordenará a retirada dos EUA da TPP, como parte de uma série de ordens executivas que planeja implementar em seu primeiro dia de governo. Trump assume a presidência em 20 de janeiro.
Pouco antes do comentário de Trump, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, havia dito, durante visita à Argentina, que “a TPP seria insignificante sem os EUA”. Segundo Abe, a eventual saída dos EUA destruiria o intrincado equilíbrio de interesses atingido pelos 12 países que participam do acordo.
Após as falas de Trump e de Abe, Suga deixou claro que o Japão pretende buscar a ratificação do acordo por todos os países envolvidos.
“Os países da TPP, incluindo os EUA, estão comprometidos a completar o processo doméstico de ratificação”, disse o porta-voz. “O presidente Obama continua no poder. Gostaríamos de monitorar seus esforços.”
No Japão, uma lei para ratificar a TPP já foi aprovada na câmara baixa do Parlamento e está sendo apreciada na câmara alta. A expectativa é que a aprovação seja concluída no começo do mês que vem. A Nova Zelândia, que também participa do acordo, já completou o procedimento interno de aprovação.
“Vamos continuar pressionando outros membros da TPP para concluir o processo doméstico de ratificação”, disse Suga. “Acreditamos que devemos assumir uma posição de liderança na ratificação da TPP.” Fonte: Dow Jones Newswires.
![Grupos de WhatsApp da Tribuna](/resources/images/blocks/whatsapp-groups/logo-whatsapp.png)