O Japão pretende crescer mais de 2% durante a próxima década e se tornar um centro asiático para negócios globais. Para isso, o governo quer encorajar investimentos em áreas promissoras, como ambiente e saúde, reduzir impostos corporativos e atrair mais investimentos estrangeiros e turistas. O gabinete do primeiro-ministro Naoto Kan aprovou um plano estratégico de crescimento econômico de médio a longo prazo que tem como meta a criação de quase 5 milhões de empregos nas áreas ambiental, de saúde e turismo até 2020. O plano pretende reduzir a taxa de desemprego para menos de 4% o mais rápido possível, de cerca de 5% atualmente.

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Como um primeiro passo para gerar mais demanda, o plano estratégico pede um fim das persistentes quedas nos preços aos consumidores a partir do ano fiscal que começará em abril de 2011. O plano pede que o Banco do Japão (BOJ) faça “todos os esforços” para cumprir essa meta e que o iene não suba excessivamente, já que isso poderia prejudicar o desempenho das exportações. O plano também propõe um corte gradual no imposto corporativo efetivo da taxa de 40% para 25%, em linha com outros grandes países, para tornar as companhias domésticas mais competitivas internacionalmente e atrair empresas estrangeiras para atuarem no Japão.

A nova estratégia de crescimento pretende acabar com a estagnação que tem prejudicado a segunda maior economia do mundo durante boa parte das duas últimas décadas. Os preços vêm diminuindo à medida que os consumidores, preocupados com a perspectiva econômica e a criação de empregos, têm preferido economizar do que gastar. Agora o governo quer dar uma reviravolta no destino da economia japonesa por meio do fim da deflação. O governo de Naoto Kan tem como meta um crescimento de mais de 2% no Produto Interno Bruto (PIB), em uma base ajustada pela inflação, e de 3% em base nominal durante os próximos 10 anos. Mas esse é um objetivo ambicioso para uma economia que, nos últimos anos, tem tido desempenho que variou de crescimento de 2% a contração de até 3%. As informações são da Dow Jones.

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