O recém-nomeado ministro de Economia do Japão, Yoshimasa Hayashi, afirmou hoje que vai conduzir a política econômica do país cuidadosamente, uma vez que a economia japonesa continua em um período difícil. Em sua primeira entrevista à imprensa após assumir o cargo, Hayashi repetiu a visão do ex-ministro da Economia Kaoru Yosano de que a economia está em um período “importante” e “sensível”. “Assim como Yosano vem dizendo, a economia já atingiu seu ponto mais baixo, mas os níveis do Produto Interno Bruto (PIB) estão muito menores do que os vistos antes da crise financeira”, afirmou.
Os comentários do novo ministro sugerem que ele não deve lançar novas e surpreendentes medidas enquanto a economia permanecer no caminho modesto de recuperação. “Ao invés de fazer algo novo, eu acredito ser importante tomar passos corretos e usuais no momento certo”, disse Hayashi.
O Japão sofreu contração de dois dígitos no PIB real por dois trimestres consecutivos – desde o período de outubro a dezembro de 2009, o que significa que a economia do Japão está em recessão técnica e que o PIB do país ainda está em cerca de 70% dos níveis anteriores à crise financeira. “Não devemos ficar totalmente otimistas sobre economia e precisamos implementar as políticas bem cuidadosamente”, disse o novo ministro.
Embora os preços no Japão tenham caído nos últimos meses devido aos custos menores de energia e à demanda doméstica mais fraca, Hayashi afirmou que ainda não está claro que essa tendência persistirá, mas é importante para o governo e o Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) evitarem o caminho de queda contínua nos preços. “É verdade que há uma preocupação de que a economia possa retornar às quedas de preços persistentes”, disse ele.
Hayashi não fez comentários detalhados sobre quando e como o BOJ deve desfazer as medidas monetárias extraordinárias atuais, uma vez que, segundo ele, cabe ao BOJ decidir sobre tais questões. Mas ele afirmou que um estudo cuidadoso é essencial antes de o banco central japonês tomar qualquer ação. “Eu espero que o BOJ tome medidas para evitar voltar à deflação (duradoura). Como os efeitos da política monetária podem ser sentidos imediatamente, é importante que nunca sejam nem rápidos demais nem tarde demais.”
Para assegurar um ritmo de recuperação estável para a economia, Hayashi observou que a melhora na confiança do consumidor é uma preocupação importante. Por essa razão, ele disse que vai buscar políticas que já estejam estabelecidas, ao invés de adotar novas. As informações são da Dow Jones.