O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) afirmou nesta quarta-feira que está confiante de que o banco central japonês vai atingir a sua meta de inflação de 2% em cerca de dois anos, além de oferecer algumas dicas de que haveria uma maior flexibilização da política monetária.
“A atual política monetária continuará a menos que os riscos de deterioração se materializem”, disse Kuroda em uma entrevista coletiva após o final da reunião do conselho de política monetária do BoJ, na qual o banco central decidiu manter a sua política monetária inalterada. Ele comentou que os riscos de deterioração diminuíram com a recuperação das economias internacionais. “Riscos para a economia mundial diminuíram acentuadamente”, acrescentou.
Além disso, o presidente do BoJ reforçou que o banco central fará os ajustes necessários na sua política monetária se for necessário.
Kuroda ressaltou que a economia está em uma faixa constante para atingir a sua meta de inflação de 2% e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) pode atingir este nível no final do ano fiscal de 2014 ou no início do ano fiscal de 2015.
O presidente do BoJ também disse que a política monetária do BoJ “não será afetada” por recentes comentários do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew.
De acordo com Kuroda, os aumentos salariais, que podem ser anunciados este ano pelas empresas, são importantes para que o BoJ atinja a sua meta de inflação. O presidente da autoridade monetária japonesa ainda avaliou que a economia japonesa pode enfraquecer entre abril em junho, antes de uma recuperação gradual.