Crise

JAL pede concordata e cortará 15,7 mil empregos

A Enterprise Turnaround Initiative Corp. (Etic), entidade apoiada pelo governo do Japão responsável por coordenar processos de recuperação das empresas do país, informou que a Japan Airlines (JAL) pediu concordata nesta terça-feira na Corte Distrital de Tóquio. A JAL, maior companhia aérea da Ásia em receita, vai revitalizar suas operações não lucrativas por meio de uma injeção de capital da Etic e da redução de sua força de trabalho e suas rotas.

De acordo com os planos, a JAL vai reduzir seu capital para zero e pedir uma renúncia de dívida no valor de 730 bilhões de ienes (US$ 8 bilhões), além de cortar os custos reduzindo a força de trabalho em 15,7 mil empregados – um terço do total de 47 mil. A Etic disse que decidiu dar suporte à reestruturação da JAL e vai injetar 300 bilhões de ienes na empresa para impulsionar suas finanças e ajudá-la a implementar medidas de revitalização.

O pedido de concordata segue-se a meses de negociações entre a JAL, o governo e seus credores para elaborar um socorro à companhia deficitária. Prejudicada por uma queda no número de passageiros em meio à crise econômica global, pelo surgimento da gripe suína e por sua relutância em se livrar de rotas não lucrativas, a companhia registrou o maior prejuízo trimestral da sua história, de 99 bilhões de ienes, nos três meses encerrados em junho do ano passado.

“A JAL não teve outra escolha a não ser mostrar que pode manter suas operações sem interrupção (para evitar perder clientes). Isso é muito importante”, afirmou Mitsuru Miyazaki, analista da SMBC Friend Research Center. As informações são da Dow Jones.

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