Após a queda da produção industrial em março, os dois maiores bancos privados do País – Bradesco e Itaú Unibanco – pioraram suas análises em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Além disso, há temores com relação ao dinamismo da atividade econômica no segundo trimestre. O PIB do primeiro trimestre será divulgado no dia 30 deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O Itaú Unibanco foi mais assertivo quanto à estimativa para o PIB do primeiro trimestre. A projeção para o período de janeiro a março saiu de baixa de 0,1% para retração de 0,2%. A queda, se confirmada, será a primeira após oito trimestres de crescimento.

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O banco observa que o declínio de 1,3% da produção industrial de março na margem veio pior que o esperado (-0,7%), ressaltando que o movimento foi disseminado entre os componentes, sendo que somente nove das 26 atividades econômicas apresentaram alta no mês.

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“Os primeiros indicadores coincidentes (confiança da indústria, utilização da capacidade instalada, dados semanais de comércio exterior, entre outros) sinalizam recuo de 0,5% da produção industrial em abril (variação mensal dessazonalizada). Nossa projeção para o PIB do primeiro trimestre aponta para queda de 0,2% na comparação trimestral dessazonalizada”, dizem em nota os economistas do Itaú Luka Barbosa e Alexandre Gomes da Cunha.

Conforme o Bradesco, a queda da produção industrial em março, de 1,3% na margem, foi bem superior à esperada. “Com isso, a nossa estimativa de variação do PIB de -0,1% no primeiro trimestre tem um viés baixista”, admite em relatório.

De acordo com o Bradesco, a indústria segue com pouco dinamismo, com o nível de produção próximo ao verificado em 2017. “Adicionalmente, os indicadores coincidentes de abril disponíveis até o momento e a moderação do mercado de trabalho indicam que, por ora, a transição do primeiro para o segundo trimestre está ocorrendo em velocidade aquém da esperada.”

A queda de 1,3% da produção industrial veio igual o piso das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, bem como o recuo de 6,10% na comparação com março de 2018.

Ano

Apesar da visão negativa em relação às projeções para o PIB do primeiro trimestre, tanto o Itaú Unibanco quanto o Bradesco não alteraram por enquanto as estimativas para o dado fechado do ano. No Itaú, a expectativa para o PIB de 2019 continua sendo de alta de 1,3% e, no Bradesco, a previsão permanece em 1,9%, por ora.