O grupo Itaú registrou lucro líquido de R$ 3,776 bilhões em 2004, o maior resultado da história do sistema bancário brasileiro, segundo dados deflacionados da consultoria Economática. De acordo com a consultoria, até então, o maior resultado era do Banespa, registrado em 1997, de R$ 3,407 bilhões, segundo dados ajustados pela IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, até 31 de dezembro de 2004.
Nos últimos seis anos, somente em 2002 o Itaú não obteve o maior lucro entre os bancos brasileiros, considerando resultados não deflacionados. O resultado do grupo em 2004 supera em 19,8% o lucro de R$ 3,151 bilhões do ano anterior.
No quarto trimestre do ano passado, o lucro do Itaú foi de R$ 1,030 bilhão, 11,9% maior do que o do terceiro trimestre (R$ 920 milhões) e 20,46% superior a igual período de 2003 (R$ 855 milhões).
A carteira de crédito do banco somava R$ 53,275 bilhões ao final de 2004, com destaque para o crescimento de 69,3% nos empréstimos para as micro, pequenas e médias empresas.
O patrimônio líquido consolidado cresceu 16,6% no ano e chegou a R$ 13,971 bilhões. Os ativos consolidados alcançaram R$ 130,339 bilhões, com evolução de 9,8% em relação ao ano anterior.
Lucros crescentes
Os lucros expressivos registrados pelos bancos nos últimos anos se devem, entre outras coisas, à consolidação do sistema bancário do País.
Vários bancos pequenos privados e estatais foram adquiridos por grandes nos últimos anos, o que reduziu o número de participantes no sistema.
As aquisições acabam tendo um custo para os bancos no primeiro momento, mas, depois de incorporadas, aumentam o número de clientes das instituições.
O juro alto é outro fator que influencia positivamente os resultados dos bancos, embora iniba o crédito.
A melhora da economia do País e a redução do desemprego no último ano também ajudaram os bancos a ganharem mais, pois contribuíram com o aumento na busca por crédito.
Outros bancos
Entre os grandes bancos brasileiros, também já divulgaram balanços referentes a 2004 o Bradesco (R$ 3,060 bilhões), o Banco do Brasil (R$ 3,024 bilhões) e o Unibanco (R$ 1,283 bilhão).