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Itaú BBA prevê de 10 a 15 captações em renda variável no ano que vem

O Itaú BBA espera que o mercado brasileiro seja palco de dez a 15 captações em renda variável no próximo ano, incluindo follow ons e ofertas iniciais públicas de ações (IPO, na sigla em inglês). Outra agenda que deve avançar, conforme o presidente da instituição, Eduardo Vassimon, cujo cargo passa para as mãos de Caio Ibrahim David no próximo ano, é da infraestrutura por conta da carência que existe neste segmento no Brasil. “O governo pode acelerar essa agenda já no primeiro semestre de 2019”, disse ele, em conversa com a imprensa, nesta tarde de segunda-feira, 17.

No mercado de fusões e aquisições, o BBA também vê mais movimento. Segundo Ibrahim, o volume neste ano foi de cerca de R$ 500 bilhões ante R$ 700 bilhões em 2017, mas deve crescer no próximo exercício.

Sobre a possível desova de investimentos dos bancos públicos, Vassimon disse que falta mais clareza sobre a estratégia das futuras administrações de Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. “Vai depender muito da visão dos gestores quanto à ênfase em um determinado segmento. São bancos que atuam como nós nos vários segmentos da economia, com vários produtos. Depende muito da agenda voltada para isso”, acrescentou Ibrahim, dizendo que desconhecia qualquer estratégia das futuras gestões de BB e Caixa.

Em relação à fatia do Itaú no ressegurador IRB Brasil Re, o executivo afirmou que uma possível venda de sua participação – o banco está no controle juntamente com Bradesco, BB e o governo – não está na mesa, mas que pode avaliar.

Corpbanca

Vassimon afirmou que a conclusão da consolidação do Corpbanca na Colômbia deve levar mais um ano. No Chile, segundo ele, esse movimento praticamente já está concluído.

“Talvez tenhamos subestimado a dificuldade de consolidar o Corpbanca”, disse Vassimon, acrescentando que dentre as dificuldades que o Itaú encontrou estiveram as relacionadas a sistemas e operações.

Ele informou ainda que, assim como fez no Chile, pode trocar o executivo brasileiro que toca a operação na Colômbia, com inserção de um talento local. Essa mudança pode acontecer, segundo Vassimon, nos próximos anos. Álvaro Pimentel assumiu o cargo de CEO do CorpBanca Colômbia em janeiro de 2017 com um mandato de três anos, mas que pode ser estendido, conforme o executivo.

Vassimon afirmou ainda que fora da América latina o banco não tem vantagens para aquisições. “Nosso foco na América Latina nos próximos dois anos é a consolidação final da Colômbia. Se aparecerem oportunidades de aquisição na América Latina vamos olhar, mas torcemos para não aparecerem oportunidades neste período”, brincou ele.

Sobre a atuação Argentina, Vassimon disse que, apesar dos desafios macroeconômicos locais, o banco, como tem uma operação pequena, pode se “dar o luxo” de atuar parecido com uma fintech no mercado argentino. “Há desafios, mas já vemos sinais melhores com queda da inflação e, consequentemente, dos juros”, disse Ibrahim, acrescentando que o Itaú quer ampliar sua participação na Argentina, mas com uma operação mais digital, que é bastante diferente do modelo de agências.

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