Brasília  – Gafes costumam provocar constrangimentos. Pior é quando a mancada põe a perder um negócio de milhares, talvez até milhões de dólares. Preocupado em evitar que os empresários brasileiros “paguem micos” desnecessários e percam negócios, o Itamaraty preparou a série de guias “Como Exportar”. Eles ensinam boas maneiras para ajudar os exportadores a venderem seus produtos em novos mercados.

No Egito, por exemplo, a sugestão é que o empresário brasileiro não vá com muita sede ao pote e mande executivos de mais idade. Na Grécia, a senha para fechar negócios é ter paciência e raciocínio rápido.

Ainda no caso do Egito, o guia afirma que os exportadores devem aprender o máximo que puderem sobre o idioma árabe, porque os egípcios se sentirão lisonjeados. Outra recomendação é que, ao visitar um comerciante, o empresário brasileiro não deve se apresentar e ir direto aos negócios. É aconselhável que, em primeiro lugar, conversem sobre outros assuntos. Além disso, os egípcios dão preferência a negociar com pessoas mais velhas porque desconfiam um pouco dos jovens executivos.

O coordenador do projeto especializado em aumentar as exportações de software de 16 empresas brasileiras, Brazilian Intelligence in Software (Brains), Gilberto Lima Júnior, afirma que os guias são importantes para orientar os empresários.

Ano passado, Lima Júnior participou de duas missões comerciais. Visitou a Rússia e o Oriente Médio. No primeiro caso, as empresas do projeto Brains esperam fechar negócios que podem chegar a R$ 100 milhões. Já no Oriente Médio, as empresas também fizeram um acordo de US$ 600 mil em vendas para a Jordânia e podem fechar outros contratos de até US$ 3 milhões na região.

Os guias do Itamaraty também trazem informações sobre os produtos que cada país mais exporta, hotéis onde se hospedar, além de características sobre a economia e a geografia dos países.

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