Itália quer flexibilização de regras da UE para abater custos com refugiados

O Ministério da Economia da Itália disse nesta quinta-feira que a União Europeia deveria reconhecer as despesas relacionadas à questão dos refugiados que chegam do norte da África – após a crise líbia – como custos extraordinários que deveriam ser subtraídos dos cálculos do déficit orçamentário do país.

Em um comunicado emitido ontem, a pasta disse que uma parcela de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) italiano deveria ser subtraída dos cálculos do déficit para compensar os custos extras, como parte de uma cláusula de “flexibilidade” nas regras orçamentárias do bloco.

O pedido do ministério decorre do fato de que a Comissão Europeia – braço executivo da UE – já ter reconhecido a crise dos refugiados sírios como um “evento excepcional”, e permitiu, consequentemente, que os estados membros abatessem as despesas necessárias para lidar com a situação dos refugiados dos seus déficits, dizia o comunicado.

“A Itália acredita que a mesma abordagem deveria ser aplicada às despesas causadas pela questão dos refugiados do Norte da África depois da crise na Líbia”, acrescentou a pasta.

O governo disse que isso não é uma margem de manobra, mas há estava considerado no plano orçamentário de 2016 apresentado no ano passado.

A comissão havia dito que os planos orçamentários da Itália e outros países como Lituânia e Áustria podem violar as regras de gastos do bloco e os impeliu a atingirem as metas da UE. A decisão final sobre quais despesas serão qualificadas para 2015 será tomada na primavera do Hemisfério Norte, considerando “país por país”, disseram autoridades do bloco. Dow Jones Newswires.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo