O governo italiano emitiu neste sábado um decreto que prevê o pagamento de 40 bilhões de euros em dívidas com o setor privado ao longo dos próximos 12 meses, em uma tentativa de estimular o crescimento.

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“A reunião de hoje do gabinete aprovou um decreto urgente para pagar as dívidas que o setor público tem com o setor privado”, afirmou o primeiro-ministro Mario Monti, em entrevista coletiva após a reunião.

A medida era muito aguardada pelas empresas da Itália, pressionadas pela recessão e falta de crédito. O ministro das Finanças, Vittorio Grilli, disse que os pagamentos poderão começar já na segunda-feira.

Monti afirmou que a dívida total do setor público com o privado somava 80 bilhões de euros no fim de 2011 e que bancos estimavam que, desde então, o montante havia subido para mais de 100 bilhões de euros. “Isso significa custos para as empresas e para o país inteiro. É uma situação inaceitável que assumiu dimensões cada vez maiores”, apontou Monti. O primeiro-ministro interino, que está no comando aguardando a formação de um novo governo, disse que os pagamentos não ultrapassariam o limiar de 3% fixado pela União Europeia.

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Monti destacou ainda que a iniciativa não significa planos de ficar no cargo por mais tempo, acrescentando que a reunião de gabinete de sábado “pode ter sido a última”. As principais forças políticas da Itália – a centro-esquerda de Pier Luigi Bersani, a centro-direita de Silvio Berlusconi e um novo partido de protesto – ainda não conseguiram chegar a um acordo para formar um novo governo.

A economia italiana tem previsão de retração de 1,3% este ano. As informações são da Dow Jones.

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