Os funcionários brasileiros da Hidrelétrica Itaipu Binacional encerraram ontem a paralisação de 24 horas. Eles reivindicam reajuste salarial e querem as mesmas vantagens recebidas pelos trabalhadores paraguaios. Prometem, no entanto, continuar mobilizados e não descartam uma greve por tempo indeterminado, caso não haja avanço nas negociações. A empresa afirmou que a proposta já foi apresentada aos trabalhadores, mas também permanece disposta a conversar.

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O diretor administrativo de Itaipu, Edésio Passos, afirmou que a proposta da empresa é reajuste de 2,71% nos salários e igual índice no tíquete refeição, um abono de indenização de 80% de uma remuneração mais R$ 1 mil para cada um, política de concessão de mérito com 3% sobre a folha-base e a continuidade dos estudos sobre a dupla indenização por demissão sem justa causa, uma prática que existe para os trabalhadores paraguaios. Mas os trabalhadores querem ainda um aumento real de 1,5%.

Passos disse entender que as vantagens que os trabalhadores recebem, com o anuênio de 1%, já seriam suficientes. ?Não temos nenhuma perda?, afirmou. Ele ressaltou que a empresa está disposta a conversar. ?Queremos resolver o quanto antes?, acentuou.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu, Assis Paulo Sepp, cerca de 900 funcionários brasileiros da manutenção, apoio à operação e administrativos pararam. Trabalharam na segunda-feira apenas os que estão diretamente ligados à produção e alimentação do sistema. No lado paraguaio não houve nenhuma manifestação. ?Pela primeira vez na história o escritório de Curitiba também acompanhou a paralisação?, disse Sepp. O Sindicato dos Engenheiros não aderiu à paralisação de 24 horas.

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