Os funcionários brasileiros da Itaipu Binacional devem decidir hoje pelo fim da greve. É o que diz o presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu, Assis Paulo Sepp. A proposta apresentada pela empresa aos funcionários, de participação dos lucros da empresa, não foi aceita pelos trabalhadores, paralisados desde a última sexta-feira, que participaram de uma assembléia ontem. Com isso a greve continuou e as negociações também. A sugestão da empresa mantinha a proposta inicial, de um salário adicional com um piso mínimo de R$ 3 mil mais o pagamento de uma parcela baseada na média de 0,3% dos salários, que seria dividida igualmente entre todos os funcionários, resultando em R$ 1.860 para cada trabalhador até janeiro de 2006.
Os funcionários apresentaram ontem em uma reunião uma contraproposta que mantém a sugestão da empresa, mas muda a forma de cálculo do salário extra: ele seria dividido numa parte linear – 40% do bônus de todos os funcionários seriam somados e divididos igualmente – e o restante de forma proporcional. Na prática, caso um funcionário ganhe R$ 10 mil, R$ 4 mil seriam dividodos entre todos os trabalhadores e ele manteria os R$ 6 mil. ?É uma forma de melhorar a bonificação de quem ganha menos?, explica Sepp.
Até o fechamento dessa edição a reunião ainda não havia terminado, mas Sepp informou que Itaipu estava relutante em aceitar a contraproposta dos empregados. Caso ela seja aceita, uma nova assembléia será realizada hoje para definir o fim da greve.