Itaipu inaugura duas últimas turbinas

Depois de 33 anos, a Hidrelétrica Itaipu Binacional, na divisa entre o Brasil e o Paraguai, finalmente chega ao fim do ciclo de construção, com a entrega oficial, no dia 21, das duas últimas unidades geradoras de energia. Com as 20 turbinas que passa a ter, Itaipu aumenta a potência instalada de 12,6 mil megawatts (MW) para 14 mil MW. Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Nicanor Duarte, participarão do evento.

A Itaipu Binacional foi fundada em 1973, com a assinatura do Tratado de Itaipu entre os governos brasileiro e paraguaio. Mas a instalação oficial aconteceu no dia 17 de maio de 1974. Dez anos depois, a primeira turbina entrou em operação, iniciando o processo de geração de energia. Em 1991, as 18 turbinas atuais já estavam operando. Foram necessários 16 anos para que o ciclo se completasse. ?A ampliação das unidades geradores chegou ao final, mas o processo de modernização, de manutenção, de ações para proteção do meio ambiente e de turismo continuam?, ressaltou o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek.

Segundo ele, com as 20 turbinas chega-se ao equilíbrio entre a média histórica de água que chega ao reservatório e a capacidade das unidades instaladas, além de preencher todos os espaços físicos previstos no projeto. A hidrelétrica é responsável por 95% da energia consumida no Paraguai e por cerca de 25% do que se consome no Brasil. Desde 1984, já foram produzidos mais de 1,5 bilhão de megawatts-hora de energia.

A dívida decorrente da construção da hidrelétrica é, hoje, de US$ 19 bilhões. O Tratado de Itaipu prevê, em seu anexo 6, que ela estará totalmente paga em fevereiro de 2023. Atualmente, 75% de toda a receita estão comprometidos com a dívida. ?Mas estamos rigorosamente em dia?, afirmou Samek. 

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