Exatamente às 12h40 de ontem a Hidrelétrica de Itaipu, instalada em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, completou 20 anos de produção de energia para o Brasil e o Paraguai. Nesse horário, o relógio marcava a produção em duas décadas de 1.243.041.552 megawatts-hora (MWh). A energia seria suficiente para abastecer todo o mundo pelo período de 36 dias ou o Estado de São Paulo por 14 anos. “Essa é a resposta àqueles que imaginavam que Itaipu seria uma obra desnecessária ao Brasil”, diz o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek.

No dia 17, Itaipu comemora o 30.º aniversário da empresa binacional, criada para gerenciar a construção da barragem. O início das obras foi em janeiro de 1975. A produção começou em 5 de maio de 1985, quando entrou em operação a primeira unidade geradora. As outras 17 foram colocadas nos anos subseqüentes, a uma média de duas ou três por ano. A última entrou em operação em abril de 1991. A 19.ª e a 20.ª unidades estão sendo instaladas, com previsão de entrar em operação entre setembro e outubro do próximo ano.

Há 20 anos, quando iniciou a produção, Itaipu era responsável por 35% da energia consumida pelo Paraguai e por apenas 3% do necessário ao Brasil. Ao ser inaugurada a 18.ª turbina, em 1991, já respondia por 96% da energia paraguaia e por 23% do mercado brasileiro. Hoje, a participação no setor elétrico brasileiro gira em torno de 25%. As 18 turbinas têm potência nominal de 700 MW cada, que resultam em capacidade instalada de 12.600 MW. Quando as novas unidades geradoras entrarem em atividade, a usina alcançará 14 mil MW.

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