O Irã não espera que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) altere sua atual política de produção no fim do ano e torce que os preços da commodity voltem a subir para mais de US$ 70 por barril, afirmou hoje o ministro de Petróleo iraniano, Bijan Zanganeh.

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Zanganeh, que falou às margens de uma conferência sobre petróleo em Teerã, previu que “não haverá mudanças” na reunião da Opep marcada para 4 de dezembro, em Viena. “A atmosfera não é (propícia) para mudanças.”

Alguns representantes da Opep disseram recentemente que o grupo poderá ajustar seu teto de produção, de 30 milhões de barris por dia, mas apenas para refletir a volta da Indonésia ao cartel, sem mudanças para outros países-membros.

A Arábia Saudita, líder da Opep, vem defendendo a manutenção do teto atual como forma de garantir sua participação de mercado.

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Segundo Zanganeh, no entanto, integrantes da Opep estão “insatisfeitos” com os preços atuais do petróleo, em torno de US$ 50 por barril, e gostariam de ver a commodity num intervalo de “mais de US$ 70” a US$ 80 por barril. Ninguém, porém, espera que o petróleo se recupere para algo em torno de US$ 100 por barril, nível em que operou de 2011 até o ano passado, antes do colapso nos preços, ressaltou o ministro.

Zanganeh também comentou que o Irã pretende ampliar sua produção em 500 mil barris por dia quando o acordo fechado com potências globais para limitar o programa nuclear de Teerã for implementando, o que, de acordo com o ministro, deverá ocorrer em dois meses.

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“Não pedimos permissão da Opep para aumentar nossa produção”, disse Zanganeh, acrescentando que o Irã só aceitará aderir a eventuais cortes da Opep quando sua produção atingir o nível ideal. Fonte: Dow Jones Newswires.