O Irã acusou os Estados Unidos de estar retardando um acordo para ampliar os investimentos da Petrobras no mercado iraniano e pediu que a empresa brasileira conclua o acerto antes de uma eventual vitória do candidato republicano John McCain às eleições presidenciais norte-americanas. Membros do governo e da estatal de petróleo iraniana confirmaram que esperam um acordo até o fim do ano para a exploração no Mar Cáspio e para o início da produção no Golfo Pérsico.

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A Assessoria de Imprensa da Petrobras não comentou o assunto, mas fontes na companhia indicaram que o motivo do atraso nas negociações não teria relação com a pressão norte-americana. Teerã, cada vez mais isolada, busca parceiros internacionais, uma vez que vem sendo pressionada pela Europa e pelos EUA diante do temor de que esteja desenvolvendo programa nuclear.

"A pressão fez com que as negociações com a Petrobras fossem retardadas. Elas continuam, mas vimos que os brasileiros puxaram o freio", afirmou o diretor da Companhia Nacional de Petróleo do Irã, Mohammad Ali Emadi, que participa do Congresso Mundial do Petróleo, em Madri. Segundo ele, há três negociações com a Petrobras, incluindo um acordo de transferência de tecnologia. Com reservas de 138 bilhões de barris de petróleo, o Irã é a segunda potência mundial no setor, atrás apenas da Arábia Saudita.

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