Brasília – Faltando quatro dias para o fim do acordo que reduziu a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, a Receita Federal reafirmou ontem que o incentivo não será prorrogado. Consultada pela Agência Estado, a assessoria da Receita informou que “vale o que está no decreto”. Tanto o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, como o da Fazenda, Antônio Palocci, já haviam descartado qualquer possibilidade de prorrogação.
A redução de três pontos percentuais no IPI foi adotada pelo governo em meados do ano passado, no âmbito de um acordo emergencial para o setor automotivo. Em novembro, a redução foi prorrogada por mais três meses por solicitação das montadoras e dos sindicatos de trabalhadores.
Mais recentemente, Furlan comentou que medidas mais permanentes para o setor estão sendo discutidas no âmbito da política industrial que o governo vem preparando. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ricardo Carvalho, também já disse que a entidade, após o fim da redução do IPI, quer negociar uma política mais “permanente” para o setor.
No momento, a maior preocupação dos fabricantes é o impacto da mudança da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que passou a vigorar este mês com alíquota de 7,6%.