O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem) divulgou ontem o resultado de uma análise realizada em produtos de limpeza em diversos estabelecimentos comerciais de todo o Estado. De um total de 4.409 produtos (que totalizaram 22.045 unidades), 59 foram reprovados por apresentarem alguma informação errada na embalagem. A maior parte deles (51) apresentaram menor quantidade de produtos, contrariando o que dizia na embalagem. Entre os principais itens analisados estão xampus, cremes dentais, detergentes líquidos e em pó, águas sanitárias, sabões, sabonetes e cremes de barbear.

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Os oito restantes também apresentaram algum tipo de informação errada na embalagem, mas na maior parte das vezes foi com relação à posição de determinadas informações. O gerente de Pré-Medidos do Ipem, Sérgio Camargo, explicou que neste caso a maioria das irregularidades diz respeito à altura dos caracteres do rótulo. ?Muitas vezes a altura dos caracteres torna a informação pouco legível ao consumidor, o que provoca autuação ao fabricante. As informações devem estar bem claras?, explicou.

No ano passado, dos 1.396 produtos fiscalizados pelos técnicos do Ipem (6.980 unidades), 18 foram reprovados por falta quantitativa e três, por erros na informação da embalagem. Desta forma, este ano aumentou o número de autuações. Segundo Camargo, isto aconteceu porque o Ipem estendeu a fiscalização para outras cidades que não eram incluídas em 2007, como Maringá (no norte do Paraná) e Cascavel (no oeste).

As avaliações feitas pelos técnicos do Ipem são feitas nos próprios estabelecimentos. Em alguns casos, os produtos são pesados na presença do proprietário ou representante da loja. Quando surgem indícios de irregularidade, são recolhidas amostras para exames em laboratório. Os proprietários ou representantes comerciais são sempre convidados a acompanhar os exames.

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Camargo explicou ainda que as empresas autuadas têm um prazo de dez dias para apresentar defesa ao Ipem. Caso a defesa não seja acatada, a empresa é advertida sobre os erros e, dependendo da gravidade do caso e se existir reincidência, a multa varia de R$ 200 a R$ 1 milhão e meio. ?Nunca levamos em conta que seja má fé do empresário. Às vezes está acontecendo alguma irregularidade que ele não se dá conta?, comentou Camargo.