Ipem e Receita se unem para combater fraudes

Uma ação conjunta entre o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem) e a Receita Estadual vai intensificar o combate aos fraudadores de combustíveis no Paraná. O lançamento do trabalho vai acontecer amanhã em Maringá, onde serão apresentados os primeiros dispositivos de segurança (lacres) a serem usados nas bombas de postos revendedores.

O convênio foi firmado pelo Ipem e pela Receita Estadual com a finalidade de ampliar e melhorar a fiscalização das bombas de combustíveis, devido à constatação de inúmeras denúncias de irregularidades nas últimas semanas. O Paraná chegou a liderar os índices de combustíveis adulterados no mercado. Hoje, a situação é outra.

Como a regulamentação das bombas tem como base normas do Inmetro – que tem no Paraná o Ipem como seu representante legal – houve a aproximação entre as duas partes, com a discussão das regras e a decisão de executar o projeto piloto em Maringá. O município foi escolhido devido a grande concentração de usinas de álcool na região.

Mistura

“A fraude maior está justamente na mistura indevida de álcool à gasolina”, explica Hermínio Schroeder, inspetor geral de Fiscalização da Coordenação da Receita do Estado. Schroeder informa que foram cadastrados todos os postos revendedores da região de Maringá com os endereços e bandeiras.

Para a execução do projeto, técnicos do Ipem e da Receita Estado passaram por treinamentos que simulam algumas formas de fraude nos equipamentos. O trabalho de fiscalização será iniciado pelas bombas mecânicas, mais fáceis de serem fraudadas. A meta é concluir esta primeira fase em um mês.

“Nossos técnicos estão bem preparados e assim que a fiscalização estiver concluída, com todas as bombas irregulares fechadas na região, a verificação se estenderá também aos outros pontos do Paraná”, anuncia o presidente do Ipem, Leonaldo Paranhos.

O presidente do Instituto explica ainda que a ações desenvolvidas até agora – como capturar documentos ou realizar leituras no registro, confrontando a bomba com nota fiscal – não vinha sendo suficientes.

“Foi aí que os técnicos do Ipem decidiram auxiliar no combate à adulteração”, explica Paranhos. “O trabalho do instituto recairá agora sobre irregularidades no próprio mecanismo das bombas, impedindo qualquer truque do revendedor.”

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