A produção industrial brasileira teve ligeiro recuo na passagem de junho para julho, segundo estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Produção Industrial prevê uma queda de 0,1% no resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com julho de 2016, porém, a expectativa é de uma alta de 0,4%, o terceiro avanço consecutivo. O desempenho positivo voltou a ser generalizado. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) cresceu 0,5 ponto porcentual, enquanto o volume de tráfego de carga em estradas com pedágio avançou 3,1%, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Em relação a junho, os indicadores coincidentes da produção industrial tiveram comportamento heterogêneo em julho. A importação de bens intermediários caiu 2,3%, após a forte alta de 8,7% registrada no mês anterior, de acordo com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
A venda de papel e papelão também diminuiu 1,2%, conforme a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), mesma magnitude de queda registrada pela produção de veículos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Por outro lado, o fluxo de veículos pesados nas estradas avançou 1,1% na passagem de junho para julho.
Segundo o Ipea, a produção industrial avança 0,5% em 2017. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou negativa em 1,3% em julho.