O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, afirmou que se o Brasil mantiver um ritmo de crescimento médio de 5% entre 2008 e 2010 serão criados 7,5 milhões de empregos. Nesse contexto, o País dobrará a sua participação na geração de postos de trabalho em todo o planeta, pois é hoje de 2,7% e passaria a colaborar com 5,6%. "O mundo gera por ano 45 milhões de empregos e o Brasil estará criando 2 5 milhões de postos de trabalho. Serão 200 mil empregos a mais que o contingente de 2,3 milhões de pessoas que ingressam no mercado por ano", comentou.

continua após a publicidade

De acordo com Pochmann, dos 7,5 milhões de empregos que poderão ser criados no próximo triênio, 30% virão da indústria, 41% devem vir do setor de serviços, 20% devem ser gerados no comércio, e o setor agropecuário deve ficar com uma fatia de 4 9%. Daquele total, 3,5 milhões de postos de trabalho receberão até três salários mínimos, enquanto 1,8 milhão de novas vagas registrarão uma remuneração de até seis salários mínimos. Cerca de 1,5 milhão de trabalhadores nos novos empregos receberão de seis a doze salários e 700 mil pessoas deverão ganhar mais que 12 salários mínimos.

Como o País deve registrar uma demanda elevada por obras de infra-estrutura para fazer frente à velocidade de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o presidente do Ipea afirmou que o Brasil deve precisar de 250 mil novos engenheiros neste período. "Ao considerar o número que engenheiros que se formam por ano, teremos um déficit de 172 mil profissionais", comentou . Segundo Pochmann, o Brasil começa a enfrentar o "bom problema" de ter carência de profissionais especializados, o que não ocorria desde a primeira metade da década de 1970.

continua após a publicidade