A oferta final de bens industriais na economia brasileira recuou 1,5% na passagem de outubro para novembro, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O resultado deixa um carregamento estatístico negativo de 2,2% para o último trimestre do ano, de acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente da Indústria, produzido pelo Grupo de Estudos de Conjuntura do instituto.

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Caso o mês de dezembro aponte estabilidade, o consumo aparente de bens industriais terá uma retração de 10,0% no acumulado de 2016, perda muito superior à queda da produção industrial brasileira no período, estimada em -6,7% pelo Boletim Focus, do Banco Central.

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Segundo o Ipea, o cenário de retração da demanda interna está por trás do mau desempenho do consumo aparente (CA) de bens industriais. O Indicador Ipea de Consumo Aparente da Indústria contabiliza o volume da produção industrial doméstica mais as importações, descontada as exportações.

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Embora a produção industrial doméstica tenha avançado em novembro ante outubro, o desempenho do comércio exterior impactou negativamente o consumo aparente. As importações de bens industriais recuaram 4,6%, enquanto as exportações saltaram 21%, infladas pela venda de uma plataforma de petróleo.

Na comparação com novembro de 2015, houve redução de 6,8% no consumo aparente da indústria geral, a 33ª variação negativa consecutiva. No acumulado do ano, o consumo aparente de bens industriais caiu 10,2%. A taxa acumulada em 12 meses foi de -10,9%.