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IPCA para 2019 passa de 3,65% para 3,59%, aponta Focus

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 2, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano desacelerou de alta de 3,65% para elevação de 3,59%. Há um mês, estava em 3,80%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 3,85%. Quatro semanas atrás, estava em 3,90%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,60% em 2019 e 3,90% em 2020. Elas constaram na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), realizado no fim de julho. Na ocasião, o colegiado reduziu a Selic (a taxa básica de juros) de 6,50% para 6,00% ao ano.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 3,51%. Para 2020, a estimativa do Top 5 seguiu em 3,90%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,82% e 3,93%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 seguiu em 3,75%, ante 3,80% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 permaneceu em 3,60%, ante 3,80% de quatro semanas antes.

5 dias

A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 3,61% para 3,57%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 37 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,77%.

No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,82% para 3,90%. Há um mês, estava 3,84%. A atualização no Focus foi feita por 36 instituições.

Meses

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em agosto de 2019, de alta de 0,13% para elevação de 0,12%. Para setembro, a projeção no Focus foi de alta de 0,17% para elevação de 0,16% e, para outubro, foi de alta de 0,22% para 0,21%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,21% e 0,29%, respectivamente.

No Focus divulgado nesta manhã, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,56% para 3,53% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,66%.

Preços administrados

O Relatório Focus indicou também manutenção na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano seguiu com alta de 4,60%. Para 2020, a mediana permaneceu em 4,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,91% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,40% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,90% em 2019 e 4,60% em 2020.

O Focus indicou ainda manutenção na projeção para os preços administrados em 2019. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano seguiu com alta de 4,60%. Para 2020, a mediana permaneceu em 4,30%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 4,91% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,40% em 2020.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020.

Outros índices

O relatório do Banco Central mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2019 passou de alta de 5,71% para elevação de 5,45%. Há um mês, estava em 6,63%. No caso de 2020, o IGP-M projetado foi de alta de 4,08% para elevação de 4,07%, ante 4,10% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

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