Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – de 2018. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano caiu de 4,44% para 4,43%. Há um mês, estava em 4,30%. A projeção para o índice em 2019 permaneceu em 4,22%. Quatro semanas atrás, estava em 4,20%.

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O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,78% para 3,95%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% e 3,97%, nesta ordem.

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A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

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No fim de setembro, o BC atualizou suas projeções para os índices de preços, com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). No cenário de mercado, que utiliza o câmbio e os juros projetados no Focus como referência, a expectativa para o IPCA em 2018 é de 4,1%. Para 2019, a projeção é de 4,0% e, para 2020, de 3,6%. No caso de 2021, a projeção do BC é de 3,8%.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 seguiu em 4,50%. Para 2019, a estimativa do Top 5 foi de 4,23% para 3,97%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,43% e 4,22%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,88%, ante 3,75% de um mês atrás. As projeções desta segunda-feira do Focus incorporam estimativas colhidas até a última sexta-feira, dia 26 – portanto, anteriores ao segundo turno da eleição presidencial.

Outubro

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para a inflação em outubro de 2018, de 0,47% para 0,55%. Para novembro, a projeção foi de 0,30% para 0,23% e, para dezembro, de 0,33% para 0,29%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,30% e 0,35%, respectivamente. A inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,02% para 3,93% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,01%.

Últimos 5 dias

A projeção mediana para o IPCA 2018 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis passou de 4,45% para 4,42% no Relatório de Mercado Focus. Houve 89 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 4,28%.

No caso de 2019, a projeção do IPCA dos últimos cinco dias úteis foi de 4,20% para 4,23%. Há um mês, estava em 4,17%.

As projeções do IPCA que consideram apenas os últimos cinco dias úteis são uma das novidades do novo formato do Focus. As estimativas gerais do IPCA, que seguem fazendo parte do Focus, levam em conta os últimos 30 dias. Conforme o BC, a intenção de divulgar projeções com base nos últimos dias úteis tem como objetivo mostrar um retrato mais tempestivo do indicador de inflação.

Preços administrados

O relatório do BC indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 7,90% para elevação de 7,68%. Para 2019, a mediana seguiu com elevação de 4,80%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 7,60% para os preços administrados neste ano e elevação de 4,80% no próximo ano.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 7,7% em 2018 e 5,4% em 2019. Estes porcentuais foram informados no Relatório Trimestral de Inflação divulgado no fim de setembro.

IGP-M

O Relatório Focus também mostrou que a mediana das projeções do IGP-M de 2018 passou de 9,84% para 9,92%. Há um mês, estava em 9,60%. No caso de 2019, o IGP-M projetado foi de 4,51% para 4,50%, ante 4,50% de quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.