Após a deflação registrada em junho e em meio aos indicadores de atividade ainda fracos, os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o IPCA neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo BC, mostra que a mediana para o índice oficial de inflação em 2017 foi de 3,38% para 3,29%. Há um mês, estava em 3,64%. Já a projeção para o IPCA de 2018 foi de 4,24% para 4,20%, ante 4,33% de quatro semanas atrás.

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Na prática, as projeções de mercado divulgadas hoje no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%). Portanto, a projeção para 2017 (3,29%) está se aproximando do piso da meta.

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No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA registrou deflação de 0,23% em junho. A taxa de inflação acumulada no ano até junho é de 1,18%. Na última sexta-feira, foi a vez de o BC informar que seu Índice de Atividade (IBC-Br) cedeu 0,51% em maio ante abril – um claro sinal de que a atividade está longe de trazer pressão para os preços no Brasil.

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No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,26% para 3,08% – quase no piso da meta. Para 2018, a estimativa foi de 4,31% para 4,19%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,50% e 4,16%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,47% para 4,37% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,48%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para julho de 2017 foi de 0,19% para 0,17%. Um mês antes, estava em 0,23%. No caso de agosto, a previsão de inflação do Focus foi de 0,25% para 0,23%, ante 0,25% de quatro semanas atrás.

Outros índices

O Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de -0,36% para -0,55% da última semana para esta. Há um mês, estava em +0,52%. Para 2018, a projeção seguiu em +4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de +0,34% para -0,23% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em +1,06%. No caso de 2018, o índice seguiu em +4,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 foi de +3,42% para +3,37% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de +3,53%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe foi de +4,50% para +4,49, ante +4,50% de um mês antes.