A mediana das projeções para o IPCA de 2016 teve uma leve queda no Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 21, pelo Banco Central. Agora, a taxa está em 7,43% ante 7,46% da semana passada e de 7,62% de quatro semanas atrás.

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O Banco Central já vem informando que vai focar não mais 2016, mas em 2017 na tarefa de levar a inflação para o centro da meta. No caso do ano que vem, a mediana permaneceu em 6,00%, mesmo valor registrado há quatro edições do documento.

No Top 5 de 2016, o ponto central da pesquisa ficou em 7,46%, contra 7,69% da última semana. Há quatro semanas, essa mediana estava em 8,13%. Para 2017, o grupo dos analistas que costumam acertar mais as estimativas revisou a perspectiva para o IPCA de 6,50% na última semana para 6,20%. Quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,50%.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em dezembro, a estimativa do BC para o IPCA de 2016 estava em 6,2% no cenário de referência.

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Para a inflação de curto prazo, a estimativa para março teve uma leve queda, de 0,55% para 0,52% de uma semana para outra, ante taxa de 0,57% verificada há um mês. No caso de abril, a taxa ficou em 0,63%, contra 0,65% da semana da semana passada. Quatro semanas atrás estava em 0,66%.

Já as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente caíram levemente, passando de 6,61% para 6,60% – quatro edições atrás estavam em 6,83%.

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Preços administrados

As projeções do mercado financeiro para os preços administrados de 2016 foram revisadas para baixo. De acordo com o Relatório Focus, a mediana das expectativas para este ano ficou em 7,20% nesta semana, contra 7,40% da semana passada. Estava em 7,50% há quatro semanas.

O Banco Central conta com uma forte desaceleração dos preços monitorados pelo governo para deixar o IPCA abaixo do teto da meta em 2016. Para 2017, a mediana das estimativas para os preços administrados sofreu leve elevação, indo de 5,50% na semana passada para 5,58% – há quatro semanas estava em 5,50%.

Em sua última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central revisou para baixo sua projeção para os preços administrados deste ano e manteve as expectativas para 2017. Na ata divulgada na semana passada, o Copom alterou a previsão de uma elevação de 6,3% para uma alta de 5,9% neste ano. Para 2017, a expectativa apresentada é de uma alta de 5,0%.

Para chegar a essa nova variação para este ano, o BC considerou hipótese de variação de 9,9% nas tarifas de ônibus, além de um recuo de 3,5% nos preços de energia elétrica (a última ata contava com uma alta de 3,7% na energia).

Outros índices

As previsões para o IGP-DI de 2016, que ficaram em 7,60% no Relatório Focus da semana passada, voltaram a cair no documento divulgado hoje pelo Banco Central. A mediana para o indicador deste ano recuou para 7,49% – um mês atrás estava em 7,84%. No caso do IGP-M de 2016, a taxa mediana passou de 7,77% para 7,73%, contra a expectativa de 7,75% apresentada um mês atrás.

Para 2017, a previsão central da pesquisa Focus para o IGP-DI ficou estável em 5,50%, mesma taxa de quatro semanas atrás. Em relação ao IGP-M, o ponto central da pesquisa também foi mantido em 5,50%, igual ao registrado há quatro edições do Focus.

A estimativa para o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, teve uma queda, indo de 7,01% para 7,00% de uma semana para outra para o horizonte de 2016 – um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,04%. Para 2017, entretanto, a expectativa ficou mantida em 5,50% – estava em 5,40% um mês atrás.