As projeções para o IPCA deste ano engataram tendência de queda e recuaram pela terceira semana consecutiva. De acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 28, a mediana passou de 7,43% para 7,31% nesta semana. Há um mês, estava em 7,57%. Para 2017, o documento divulgado nesta manhã pelo Banco Central trouxe estabilidade das estimativas pela sétima semana consecutiva.

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Apesar do alívio, a mediana das previsões para este ano segue acima do teto de 6,50% estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A previsão para 2017 também, já que o limite superior do intervalo da meta para o próximo ano é de 6,00%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do índice no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das expectativas para 2016 também recuou, passando de 7,46% para 7,18% de uma semana para outra – um mês antes, estava em 7,95%. No caso de 2017, a previsão ficou congelada em 6,20% na semana ante taxa de 6,50% apontada um mês atrás.

A inflação suavizada 12 meses à frente também seguiu o mesmo rumo, saindo de 6,60% para 6,48% de uma semana para outra – há um mês, estava em 6,67%.

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Para o curto prazo, os sinais foram contrários. Houve alta das expectativas para a taxa em março de 2016, que passou de 0,52% para 0,54% (quatro semanas antes estava em 0,55%); e baixa no caso de fevereiro, com a mediana das previsões variando de 0,63% para 0,62% de uma semana para a outra – quatro edições atrás da Focus a previsão estava em 0,66%.

De acordo com o último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado em dezembro passado, o BC projeta que a inflação encerre este ano em 6,2% no cenário de referência e em 6,3% pelo de mercado. Para 2017, a estimativa da autoridade monetária está em 4,8% pelo cenário de referência e de 4,9% pelo de mercado. Um novo RTI será divulgado no dia 31 deste mês.

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Preços administrados

As projeções do mercado financeiro para os preços administrados trilharam caminhos opostos no Relatório de Mercado Focus. Vilões da inflação de 2015, ao subirem 18,07%, a expectativa agora é de que os administrados terão alta de 7,30% este ano, ante taxa prevista de 7,20% na semana anterior. Quatro semanas atrás, a mediana apontava variação de 7,50%.

No caso de 2017, a mediana das expectativas caiu de 5,58% para 5,50%, o mesmo patamar visto um mês atrás.

O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5%. A expectativa do BC é a de que apenas no primeiro semestre deste ano haja uma desinflação de 2 pontos porcentuais no indicador inflacionário. Entre outros pontos, a instituição conta com a ajuda dos preços monitorados ou administrados pelo governo.

No último RTI de dezembro, o BC escreveu que, em 2016, a dinâmica dos preços administrados, aliada a outros componentes, são “fatores importantes do contexto em que decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), em 2017”. Um novo relatório será divulgado ainda este mês.

Outros índices

Os índices de preços no atacado voltaram a recuar no Relatório Focus. A mediana das projeções para o IGP-DI passou de 7,49% para 7,43% de uma semana para outra. Quatro semanas atrás, estava em 7,83%. Já o IGP-M de 2016 teve queda de 7,73% para 7,68% – quatro semanas antes estava em 7,99%.

Para 2017, no entanto, não houve alteração das expectativas. Para o IGP-DI, a previsão é de alta de 5,50% pela nona vez consecutiva. A taxa é a mesma projetada para o IGP-M do mesmo período, que está neste patamar há duas semanas seguidas – estava em 5,40% um mês atrás.

O IPC-Fipe para 2016 ficou congelado em 7,00%, segundo a pesquisa Focus de hoje. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,04%. Para 2017, a inflação de São Paulo subirá, pelo boletim Focus, 5,50%, também a mesma taxa do levantamento anterior. Quatro edições atrás do documento estava em 5,40%.