Apesar do recuo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro para 0,49%, após a alta de 0,54% em janeiro, a inflação do mês passado foi a maior para um mês de fevereiro desde 2005, quando o IPCA subiu 0,59%. O grupo de produtos de alimentação e bebidas, mesmo com variação de 0,60% em fevereiro, bem menor que a de janeiro (1,52%), ainda representou 0,13 ponto porcentual do IPCA de fevereiro, a segunda maior contribuição de grupos para o resultado do mês, segundo o IBGE (a maior alta de preços foi a do grupo Educação).
Segundo o documento do IBGE, apesar da menor variação de um mês para o outro (8,21% em fevereiro contra 14,02% em janeiro), os feijões "continuaram com seus preços em ascensão". Por outro lado, as carnes, cuja variação em janeiro havia sido de 0,29%, apresentaram queda de 1% no mês passado.
Para os produtos não-alimentícios, a taxa em fevereiro foi de 0,46%, acima do resultado de 0,29% de janeiro, já que refletiu o reajuste das mensalidades escolares.
Em contrapartida à alta da educação, ainda segundo o documento de divulgação da pesquisa do IBGE, foi mais baixa a variação das tarifas dos ônibus urbanos (de 1,19% em janeiro para 0,49% em fevereiro), enquanto os combustíveis tiveram queda de 1,42% (-0 33% em janeiro). O álcool ficou 2,31% mais barato, influenciando a gasolina , cujo litro passou a custar menos 1,42%.